domingo, 1 de setembro de 2013
LUZES INVISÍVEIS
Como um Arauto enviado
Num Celeste espetáculo
Estava a contemplar...
Delicadeza, encanto, magia
Sensações em vibrações
Presente, contente, surreal
Sobrevivi àquele momento
Paralisado
Num bailar nostálgico
E desfilando por entre as estrelas
Estavam musas, quimeras
Até deusas bailavam com elas
Total beleza no céu
E como um flash
Palpitavam em corações inertes
Valquírias, Afrodites, Inannas, Salomés
Em ritmos, cores, pudores
Mostrados em valores
Amores, paixões, ilusões
Reais mistificações
Individuais, fundamentais
Pureza, beleza, sensatez
Querer, poder, nudez
De almas sem timidez
Os sentimentos competiam
Despertavam, atentavam
E com o senhor Tempo brigavam
Transformando o Universo
Em versos
De segredos confessos
E na essência da noite
Até mesmo a Lua
Do palco apreciava
Um poema contraditório
Nascente, notório
Feito os raios do sol
E eu ali dançando
Passeando em primaveras
De tons musicais
Nesse desejo ancestral
Sentindo e deleitando
Desse sabor poético
Estava repleto de mensagens
Devaneios, estórias
E sensualidades
Viveria nesse mundo
Uma eternidade
Mas...
Subitamente acordei
Nas Luzes Invisíveis
Do meu quarto.
(Celeste Farias Dias)
sexta-feira, 10 de maio de 2013
VÔO...
Ela…
Fechou os olhos, não adormecendo
viu-se então sobre o céu que contemplava
Notou-se menina, trazia vestido labaredas,
Disfarçadas de vestido…
Suas asas após tanto tempo fechadas, por fim abriram,
No entanto não lhe apetecia voar!
Já se encontrava no céu…
Viu então que seus sonhos tinham ganhado forma,
Bem… estava sobre as nuvens,
Tudo era possível…
Subiu então nos seus sonhos, que se lhe apresentavam a ela com rodas,
E seguiu…
Com os pés nus, para sentir verdadeiramente o corpo mágico dos seus sonhos, agora pedalados!
Fechando os punhos, como quem segura com medo de perder,
Ela agarrou-se a eles e deixou-se ir…
O trilho de nuvens brancas era o único caminho,
O destino, o horizonte azul… que parecia, não ter fim…
Voou então, sem precisar bater as asas,
Com o adorno da alegria rendada, decorando seus cabelos,
Lindos, envoltos nela…
Seguiu então, sobre as nuvens não voando…
Apenas indo… levada pelos seus sonhos com rodas,
Escoltada por pássaros de emoções, que voavam junto com ela,
Sentindo a brisa quente e fria do sol… do céu…
Por fim abriu os olhos, não acordando…
Vestiu apenas o seu vestido de Mulher,
E continuou sonhando…
By Borboleta
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