domingo, 1 de setembro de 2013

LUZES INVISÍVEIS

Como um Arauto enviado Num Celeste espetáculo Estava a contemplar... Delicadeza, encanto, magia Sensações em vibrações Presente, contente, surreal Sobrevivi àquele momento Paralisado Num bailar nostálgico E desfilando por entre as estrelas Estavam musas, quimeras Até deusas bailavam com elas Total beleza no céu E como um flash Palpitavam em corações inertes Valquírias, Afrodites, Inannas, Salomés Em ritmos, cores, pudores Mostrados em valores Amores, paixões, ilusões Reais mistificações Individuais, fundamentais Pureza, beleza, sensatez Querer, poder, nudez De almas sem timidez Os sentimentos competiam Despertavam, atentavam E com o senhor Tempo brigavam Transformando o Universo Em versos De segredos confessos E na essência da noite Até mesmo a Lua Do palco apreciava Um poema contraditório Nascente, notório Feito os raios do sol E eu ali dançando Passeando em primaveras De tons musicais Nesse desejo ancestral Sentindo e deleitando Desse sabor poético Estava repleto de mensagens Devaneios, estórias E sensualidades Viveria nesse mundo Uma eternidade Mas... Subitamente acordei Nas Luzes Invisíveis Do meu quarto. (Celeste Farias Dias)